quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Triste saldo do carnaval 2012


Trânsito e acidentes - o de sempre
Acabou mais um carnaval. Em relação ao ano passado, segundo a Polícia Rodoviária Federal, houve uma redução de cerca de 20% no número de mortos , outra boa notícia. Ainda assim, 122 pessoas perderam as vidas nas estradas. E outras tantas em outras situações, como afogamentos, brigas, crimes passionais, tráfico.
Sistema bizarro
E algumas pessoas espantaram-se com o vexame na "apuração" das notas dos grupos de samba em São Paulo (chamar de "escolas" eu acho um pouco de exagero em muitos casos). Ora, o que esperar de centenas de pessoas, em sua maioria alcoolizadas, reunidas por horas sob o sol, depois de dias de atividades estenuantes, pertencentes a uma classe social acostumada a ser trapaceada e humilhada, e, para completar, ensandecidas por uma rivalidade forjada para arrecadar audiência à indústria do entretenimento? Eu ficaria surpreso é com um sistema bizarro de votos anotados em papel, colocados em um malote estilo anos 60, dentro de uma caixa de madeira com um cadeado, em um tempo onde até o boletim das escolas estaduais é disponível online (quase sem atraso).
Completa-se o saldo tremendamente negativo desse feriadão com uma vidinha perdida na praia, por causa da vaidade, arrogância e irresponsabilidade. Esse caso ficou em destaque na mídia. E quantas outras vidas desperdiçadas, que não tiveram este destaque por não haver imagens gravadas, se perderam por conta dos mesmos motivos fúteis ou outros igualmente banais. Infelizmente a impunidade reinará, por certo, como sempre tem sido em nossa sociedade, proprietária de um sistema judicial arcaico, remendado e ineficiente.

Vale a pena tudo isso? Mesmo? E se a gente acabasse de uma vez com toda essa palhaçada (literalmente), aumentando as férias para uns 50 dias, divididos em dois períodos no ano, e revogassemos todos os feriados prolongados? Ou, menos radical, o desfile de carnaval poderia não ter mais vencedores, acessos, rebaixamentos, etc, apenas seria uma exibição, informal, de arte? Para quem gosta, seria certamente o suficiente. E se os jet skis fossem proibidos aonde houvesse banhistas? E se aumentasse ainda mais a fiscalização nas estradas contra o consumo de álcool na direção? Soluções simples, pensadas por um leigo em apenas minutos de raciocínio. O que surgiria então de debates sérios feitos por especialistas e discutidos pelos diversos segmentos da sociedade... Então porque quase nada muda? Ou muda tão lentamente?

A verdade é que precisamos deixar de lado a vaidade e o exibicionismo. Devemos assumir que vivemos numa sociedade histriônica, e que isso pode transformar-se em um transtorno psicológico. Assumindo esse problema, poderemos ir em busca de uma solução.
Eu penso que comecei a encontrar a minha solução particular aos meus 14 anos. Desde lá, tento firmar duas colunas em minha personalidade: a Humildade e a Disciplina. Daí surgiu, depois de alguns anos, o amor pela natureza e em seguida o fascínio pelo aprendizado, a busca pela sabedoria e pela verdade. Mais adiante, cultivei em mim o amor pelas pessoas. Descobri então durante essa caminhada - tardiamente, mas ainda a tempo - a coluna que faltava para completar o tripé necessário para apoiar o plano do meu caráter: Deus. Essa descoberta despertou em mim a necessidade de estudar a Palavra, pela análise das Escrituras. Preciso conhecer a Deus, o que Ele quer de mim, de todos nós. Percebi então que  Deus me ama. E esse amor é tão grande que não tem como evitar que meu amor por Ele cresça mais e mais a cada dia.
Pelas tristes circunstâncias de nossa vida moderna, esse meu discurso pode soar piegas. Mas isso não tem importância. Eu tenho a necessidade ética de escrever a verdade: foi assim que achei o caminho para ter uma vida feliz e em paz. E poderia ser assim que a nossa sociedade também encontrasse uma saída.
Ainda há tempo.

Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.(2 Timóteo 1:7)



Nenhum comentário: