sexta-feira, maio 06, 2011

Células imortais: a incrível e injusta história de Henrietta Lacks.

Quem segue a justiça e a lealdade encontra vida, justiça e honra. (Pv 21:21).
Henrietta Lacks, em foto de 1945
Em 4 de Outubro de 1951 falecia a Sra. Henrietta Lacks, uma norte-americana simples e trabalhadora. Falecia de câncer, diagnosticada com um tumor cervical. Até aí, uma história relativamente comum. O incrível veio a seguir.
Os médicos que a trataram retiraram para estudar várias células afetadas, e constataram que elas possuíam uma longevidade impressionante. Na verdade, se tratadas em ambiente propício eram  virtualmente imortais.
Após essa constatação, e sem a autorização da família da Sra. Lacks, distribuíram amostras dessas células para laboratórios e pesquisadores do mundo todo. A linhagem das células foram chamadas de HeLa, sílabas iniciais do nome da paciente.
A partir do estudo dessas células, chegou-se a muitas e importantes descobertas, inclusive da vacina contra a poliomielite! Foram enviadas células ao espaço para experiências sob gravidade zero. Nesse meio século desde sua morte, suas células foram continuamente usadas em experimentos e pesquisas contra o câncer, AIDS, efeitos da radiação, mapeamento genético e muito mais. Calcula-se que a quantidade de células existentes nos laboratórios de todo o mundo supere o número de células da Sra. Lacks em vida (conforme texto na Wikipédia).
Quanto devemos a essas pesquisa? Muito, com certeza. Por que Henrietta Lacks não é conhecida? E por que a família dela não recebeu um centavo furado disso tudo?
Foi editado no Brasil um livro que conta essa história, interessante de se ver de perto. O livro recebeu inúmeros prêmios e foi traduzido para mais de 20 línguas. A história será adaptada para a televisão pela HBO, com produção de Oprah Winfrey e Alan Ball. Acredito que pelo menos aí a família da nossa Henrietta Lacks receba alguma coisa.

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